A Adolescere – Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente, trouxe na passada sexta-feira ao Agrupamento de Escolas de Celeirós, a peça “Posso Falar de Mim?” encenada pelo Teatro Aramá.
Perante uma plateia de quase 100 adolescentes, o espetáculo fluiu em torno de pedaços de realidades (ou possíveis realidades) ficcionando-as para as devolver à sua origem: a própria realidade. Porque foi dela que se falou ontem na EB2/3 de Celeirós.
A peça “Posso Falar de Mim?” é essencialmente direcionada para adolescentes e coloca uma questão que levanta outras questões, ajudando-os a refletir sobre um conjunto de situações avassaladoras que se sucedem e se apresentam como inevitáveis nas suas vidas e, inevitavelmente, na vida de muitos adultos.
Em palco, num espetáculo de aproximadamente 70 minutos, falou-se sobre o corpo, a sexualidade e o género e, partindo de situações ficcionadas e outras inspiradas em factos reais, lançou-se a rede a problemáticas que ganham cada vez mais expressão na vida dos adolescentes como ações de descriminação e de bullying, a violência relacional, a gravidez na adolescência, a importância que o grupo de pares e as redes sociais assumem nas suas vidas, entre outras.
Fora do palco, ouviram-se silêncios, circularam dúvidas, contradições, sonhos, inquietações, desejos, sentimentos e significados, entre alguns risos cumprindo-se o objectivo desta primeira iniciativa realizada pela Associação Adolescere.
Sediada na cidade de Braga desde outubro passado, a Adolescere é uma associação sem fins lucrativos, orientada para a inclusão social e para a promoção da melhoria da qualidade de vida da população mais vulnerável ao risco social, em particular das crianças e dos adolescentes com ou sem suporte familiar e/ou institucional.
É neste objectivo que Adolescere encontra-se de momento a estabelecer parcerias, no concelho, para uma intervenção concreta e em rede, bem como sensibilizar o público-alvo para os principais temas, através da dinamização de projetos e atividades de âmbito psicossocial, educativo, formativo e cultural.
.
